Engraçado. Não dizem que financiamentos para empresas,
não dizem que dinheiro para os ricos etc. é eleitoreiro; não dizem que os ricos
não sabem votar.
No Brasil, tendo como marco principal a Constituição
Federal de 1998, a escolha dos governantes e representantes ocorre por meio do
voto. São necessários votos para governar e representar o povo. Quem escolhe é
o povo.
Tudo isso parece óbvio, mas o que está oculto é que, se
não for por meio do voto, qual outra forma de escolhermos os dirigentes do
país, que governam e representam por um tempo limitado também previsto
constitucionalmente?
Será que uma minoria - que defende somente interesses
próprios, que tem dinheiro, que controla os meios de comunicação, que não quer
a aprovação do marco civil, que não quer reforma política, que não quer a regulamentação
do imposto sobre grandes fortunas - ou um governo militar, seriam exemplos
dessa outra forma de governar o país?
Não adianta nos manifestarmos nas redes sociais, irmos às
ruas defendendo o fim da corrupção, clamando por educação, saúde, segurança
pública, transporte, moradia, justiça e direitos se não tivermos consciência ou
boa-fé, ou seja, lutarmos por direitos humanos, qualidade de vida e
desenvolvimento sustentável, mas nas condições de uma democracia cada vez mais
forte.
O povo sabe votar, ou está aprendendo a votar, sim. Está
escolhendo governantes e representantes que atendam aos interesses e direitos
reivindicados durante séculos, por meio de muitas lutas, mas que somente dentro
de um projeto que contemple os direitos sociais e outros direitos e deveres,
vem sendo realizado.
É isso que tem deixado àqueles que falam em democracia,
mas não querem democracia, preocupados. Assim, é melhor para essa minoria, quase
sempre silenciosa que atua nas sombras, ter um povo descrente com a democracia –
direito de eleger e ser eleito, plesbicito, referendo e outros meios
democráticos – e exaurido com a luta tão somente pela sobrevivência...
Ainda bem que há os bons, os que amam e os imprescindíveis. Ainda bem que há os que fazem o bom combate e alargam os caminhos por onde passarão a democracia participativa e cidadã. (*)
Julio Yamamoto
(*) “O que me
preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
(Martin Luther King)
(Martin Luther King)
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,
por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam
aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela)
(Nelson Mandela)
“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.” (Bertold Brecht)
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.” (Bertold Brecht)
Nenhum comentário:
Postar um comentário