quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Sindicatos e globalização


A crise do Neoliberalismo foi acentuada com a crise econômica do capitalismo.

Embora a Globalização seja considerada por alguns especialistas como a integração dos países, ela tratou de integrar muito mais o poder econômico, os mercados, do que o poder político e menos ainda o “poder social”.
Observamos que na Globalização neoliberal ocorre o deslocamento de empresas e da produção a qualquer momento, para qualquer lugar.
No início dos anos 90, foi realizado o primeiro Foro de São Paulo, por iniciativa do Partido dos Trabalhadores e Partido Comunista Cubano, entre outros, com o intuito de debater estratégias políticas para a América Latina e disputa de hegemonia.
Um movimento altermundista ocorreu com a criação do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, em 2001, como contraponto ao Fórum Econômico Mundial. Os últimos Fóruns Sociais tiveram o tema preservação ambiental, em Belém, e migração, em Dakar.
Os movimentos sociais, em particular o movimento sindical, têm sofrido os impactos causados pela globalização, vide desemprego estrutural, baixos salários e redução ou inexistência de direitos trabalhistas.

Empresas praticam violação de direitos humanos e trabalhistas, por exemplo, instalação de microfones e câmeras no ambiente de trabalho, benefícios para empregados se desfiliarem de sindicatos etc.
Para alguns dirigentes sindicais, um dos caminhos apontados seria a criação de um sindicato global e a garantia de direitos sociais e trabalhistas discutidos em espaços tais como o Mercosul e União Europeia.
Em um debate entre dirigentes da Alemanha e do Brasil, representados pela CUT, Central Única dos Trabalhadores, na questão da reforma sindical foi apontada a necessidade de sindicatos livres e representativos, com o lema do sindicalismo alemão “menos sindicatos, para podermos ser mais fortes”, devido à perda da base sindical por parte de vários sindicatos alemães.
Dois fatos que merecem destaque na experiência sindical alemã são a jornada de 40 horas semanais, luta histórica do movimento sindical brasileiro (Reduz pra 40 que o emprego aumenta) e os conselhos de empresa, que nada mais são que as nossas comissões de fábrica, mas com leis que garantem direitos e deveres, e não sujeitos a acordos com empresários para aceitar ou não a existência de uma comissão de fábrica. Interessante.
Por fim, é alarmante que as discussões na Organização Mundial do Comércio (OMC) estejam tendo uma importância decisiva maior que as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 “Sob o ponto de vista político, exigimos várias condições que aqui também terão de ser, penso eu, a porta de entrada. A primeira é o primado da política sobre a economia. A política é que tem que comandar o país e não a economia. Em segundo lugar, depois do primado da política, terá de vir a importância do social, porque o setor social abrange toda a sociedade, por isso se chama social; e só em terceiro lugar é que terá de vir, na minha maneira de ver, a economia, porque ela tem mais um caráter privado. “ (Manuel Campos)

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